Fui perguntada, mais de uma vez por amigos e conhecidos, se os aromas dos vinhos eram adicionados.

Decidi, então falar um pouquinho sobre o assunto.

Bom, antes de tudo é importante responder à pergunta: Não, nenhum aroma que contém no vinho é adicionado.

Os vinhos possuem 3 fontes de aromas: os aromas primários, secundários e terciários.

Aromas primários

Estes são os aromas provenientes da própria uva. Então, neste caso, o clima, a casta e tempo de maturação é que irão indicar os aromas ao vinho.

Um bom exemplo, é o aroma vegetal de um Cabernet Sauvignon cultivado em clima quente. Temperaturas mais elevadas e umidade, não permitem que a uva amadureça por completo, antes de estragar no pé, o que faz com que os produtores tenham que colher antes do tempo total de maturação.

Esta mesma casta terá características totalmente diferentes se cultivada em clima mais frio e seco, por exemplo.

Exemplos de aromas primários: frutados (frutas negras, vermelhas, cítricas), florais, herbáceos, minerais.

Aromas secundários

Os aromas secundários são da parte da elaboração do vinho, durante sua fermentação. As leveduras e bactérias são as responsáveis por agregar esse aroma.

Exemplos de aromas secundários: leveduras e bactérias (pão tostado, manteiga, lácteos).

Aromas terciários

Aromas terciários são provenientes do envelhecimento do vinho. O contato com o carvalho e a micro-oxigenação nas barricas agregarão diferentes aromas ao vinho. Por isso a escolha do tipo de carvalho (francês ou americano), bem como o período em que o envelhecimento ocorrerá, fará com que a bebida ganhe características tão distintas. Há também a opção de usar as duas barricas, com diferentes tempos de armazenamento.  

Identificando defeitos no vinho

Não é uma experiência nada agradável encontrar um vinho defeituoso na sua vida, mas é necessário saber como identifica-los.

Abaixo vou colocar os mais comuns e como identifica-los.

Bouchonné

Quando o vinho está contaminado por TCA ele terá cheiro de mofo, papelão úmido, cachorro molhado. Nesses casos o vinho está condenado e você poderá verificar na loja onde comprou para efetuar a troca. Normalmente é feita sem nenhum problema, se apresentada a nota de compra.

Oxidado

O vinho quando recebe excesso de oxigênio, ele fica oxidado. Pode ter alteração na sua cor, virando um tom castanho. O cheiro será muito parecido com o de vinagre e o sabor será extremamente seco e ácido. Isso ocorre principalmente na garrafa, onde uma rolha com defeito ou mal colocada pode fazer com que o ar penetre em seu interior, acelerando a deterioração da bebida. Neste caso também pode se solicitar a troca da garrafa.

Redução

O defeito de redução do vinho ocorre quando ele não recebe oxigênio na garrafa. Sabemos que em excesso, o oxigênio é prejudicial, mas também em falta ele acaba afetando os aromas e sabores do vinho. Nesse caso, a bebida irá apresentar cheiro de alho cozido e repolho. Nesse caso a aeração ou apenas mexer com uma colher de prata já é suficiente para que o vinho recupere suas características aromáticas.

Lembrando que esses defeitos não estão necessariamente associados à produção. Também podem ocorrer no transporte e armazenamento inadequados.

Abaixo vou deixar o vídeo que gravei sobre o assunto.

Espero que gostem!

Compartilhe o vídeo e esse texto com seus amigos! Também se inscreva no nosso canal do YouTube para novidades semanais!

 

Um beijo e salud!