Na nossa primeira visita à Mendoza, em Abril de 2018, nós ficamos muito pouco tempo. Chegamos numa quinta-feira de noite e saímos no domingo pela manhã, ficando somente dois dias inteiros para aproveitarmos.

Decidimos pegar um passeio similar ao que já conhecíamos – bike and wine – para “não ter erro”.

Diferente do que realizamos em Santiago, este éramos somente nós dois e o guia, então ele nos esperava e o roteiro foi mais tranquilo.

O guia nos pegou no hotel e nos levou à região de Luján de Cuyo de carro. Lá, paramos num terreno e ele tirou as bicicletas do carro. Se iniciava nosso passeio.

Passeamos pelos vinhedos da Bodega Luigi Bosca. Como era época de colheita, ainda haviam muitas uvas nos parreirais, então pudemos pela primeira vez provar uma uva vitis vinífera direto do pé. Uma explosão de dulçor.

Seguimos mais adentro, passamos por um lago e sempre a pré-cordilheira nos acompanhando ao fundo, embelezando o cenário.

Assim que saímos do vinhedo, fomos para uma bodega chamada Vistalba. Bodega de alta gama, como o guia nos descreveu. Como chegamos cedo, a visita ainda não tinha começado e ficamos aguardando, passeando, olhando (e provando) os cachos carregados de uvas. Apesar da espera, tiramos boas fotos e foi bom, já que nessa visitação não fomos guiados pelo vinhedo. O passeio é bem interessante, apesar disso.

A Vistalba tem uma diferenciação de outras: eles usam tanques de fermentação feitos de cimento. Ok, ok, só isso não é diferenciação. Acontece é que esses tanques de cimento não são revestidos internamente de epóxi. A guia nos explicou que é porque o cimento do tanque foi feito com a terra do solo onde são plantadas as uvas, ou seja, rico em minerais, adicionando propriedades únicas aos vinhos produzidos ali. Interessante, não?

Descemos para as caves de descanso para nossa degustação. Começamos com um espumante rosé, muito bom. Em seguida, tomamos um vinho comercial, mais comum. O terceiro já era um vinho premium. O último era um late harvest, também conhecido como colheita tardia. Foi a primeira vez que provamos deste tipo de vinho. É bastante licoroso. Ele nos marcou muito, pois tinha um aroma muito presente de mel e o sabor muito, muito doce. Não consigo descrever outra característica que não muito doce. Não gostamos desse último.

Saímos da degustação e, claro, passamos na lojinha. Quase caímos de costas quando vimos o preço que o vinho premium estava. O vinho é realmente muito bom, mas com preço muito alto para nosso bolso.

Desta vez, ficamos com o vinho somente na memória.

Valeu a pena pela visita e conhecimento desse detalhe no processo de produção da Vistalba.

Confere no vídeo abaixo as fotos que fizemos por lá. 

Nosso passeio não parou por aqui, no próximo post falo sobre a segunda bodega que visitamos em Luján de Cuyo, de bicicleta.

Fica de olho na gente pra não perder nada!

Salud!